A Luz Verdadeira: O Mundo Não Conheceu - João, 1: 9 e 10

 

Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo, estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.

Em João, 5: 35, Jesus afirma que João Batista era uma lâmpada que ardia e brilhava; mas aqui o evangelista diz que o logos é que era a luz verdadeira; e diz mais, esta luz ilumina a todo homem que vem ao mundo. Não só os cristãos, mas todo homem que nasce no Universo tem em si esta luz. Quando qualquer um de nós agride ou desrespeita o nosso semelhante, na realidade estamos também agredindo ou desrespeitando o Deus que habita na intimidade dele.

Fica claro aqui também, que a vida é o perfume que fica do Criador em nós; como o amor de Deus é infinito, temos a vida imortal em nós. É o Evangelho se confirmando:

eis que o Reino de Deus está em vós.1

Somos na realidade “seres-luz” emanados do Criador. Esta luz se apagou através de uma queda de dimensões ainda inabordável para a nossa inteligência atual. Jesus como o Educador por excelência veio para ensinar-nos o caminho da evolução, que na realidade é a promoção a dimensões cada vez mais sublimes na esfera do espírito. Não foi por outro motivo que afirmou: resplandeça a vossa luz2, como sendo este o objetivo maior de nossa existência.

 Jesus como Espírito já tinha realizado em si uma evolução incalculável para o nosso pouco entendimento, já tinha percorrido todo este caminho, era também uma lâmpada ainda mais límpida que João Batista, pois refletia a consciência crística em grau superlativo.

Como dissemos anteriormente, estes Espíritos que já alcançaram a condição de colaboradores de Deus num plano maior de realizações, tomam para si a responsabilidade de gerir planetas e até mesmo sistemas solares como o que pertencemos. Jesus é um destes Espíritos puros que pertencem à comunidade dos construtores de orbes, e segundo alguns dos mais abalizados Espíritos que têm a missão de implantar o Evangelho no coração das criaturas em nosso orbe, é o Governador espiritual de nosso planeta. Portanto, presidiu a construção deste, estava na Terra mesmo antes dela existir fisicamente, pois participou de todo seu processo de criação.

Se essa é uma idéia ainda difícil de ser compreendida hoje, por nós, que o aceitamos como Mentor maior, imagina o grau de incompreensão dos homens comuns do princípio de nossa era. Assim, a intuição do redator do quarto Evangelho só podia se expressar deste modo:

estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.

1 Lucas, 17: 21

2 Mateus, 5: 16